quarta-feira, 6 de abril de 2011

Incoercível

A gente dá a cara a tapa não sei quantas vezes e leva porrada. E senta no chão pra chorar, chora porque sente falta, chora porque quer que o telefone toque só pra gente deixar tocar. Chora pra esquecer e pra lembrar. A gente vira mistura de bolha de meleca, rivotril e música brega. Chora porque não tem jeito ou por ser o único jeito. E depois deita assim no travesseiro, oco por dentro. A gente ainda ouve um Cranberries (choro só vale com trilha e tudo), depois um cadinho de rock sinistro pra se sentir mais forte, mais duro, mais gente.
E ainda promete que nunca mais chora... mas cumprir que é bom nada! Porque o telefone toca. A gente não atende, mas o sorriso sempre surge, incoerente, incoercível, inquestionável. A gente chora tanto porque é besta, isso é fato.

E porque esse diabo de amor é coisa boa que só. 

Um comentário:

  1. Não se se somos todos bestas ou o amor q é besta, mas qm é q não gosta? E qm não gosta de se iludir? As vezes precisamos sorrir para não chorar, mas tb precisamos chorar para amar...

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